O Amor do mundo.

O amor do mundo! Depois de mais de 20 anos assistindo Chaves, percebi que Dona Clotilde está aí há décadas nos ensinando como não persistir em algo que a gente já sabe que não vai acontecer. Não importaram quantos bolos, frangos assados e águas de colônia foram entregues, não importa o cuidado, a dedicação exclusiva, o sentimento oferecido e implorado, Dona Clotilde nunca deixou de ser coadjuvante na sua própria história de amor. A Bruxa do 71 é o retrato de nossas ligações não atendidas, de nossos convites ignorados, de nossas mensagens visualizadas e não respondidas. Somos nós esperando aqueles amores que a gente costura sozinhos rolando a noite na cama, deixando nosso sono sufocado junto a nossa paz de espírito no travesseiro. Quantos amores deixamos de viver enquanto insistimos em bater cheios de mimos na porta errada, sabendo que o impossível é que vai nos atender? Talvez ela pudesse ter se casado com o Sr Barriga, com o Professor Girafales, ou até aprendido como é bom...